Música é instrumento para a vida Kátia Siqueira, regente e diretora do Instituto Arte Maior, de Joinville
Alimentar o potencial intelectual e criativo é um dos resultados mais construtivos do trabalho voltado à formação musical de crianças e adolescentes, seja em instituições públicas ou privadas, seja naquelas que mantêm ações sociais como propósito de sua existência
. Esse vasto campo do conhecimento abre portas para que os alunos beneficiados possam se comunicar de forma plena ao longo da vida, seguindo carreira profissional ou mesmo incorporando as práticas artísticas ao cotidiano, o que fortalece enormemente a saúde emocional.
O viés social está no DNA do Instituto Arte Maior, de Joinville, criado em 2019, e que, no ano passado, abraçou a gestão da Escola Arte Maior, prestes a completar 36 anos de fundação, como uma família de artes musicais que se entrelaça com a história de Joinville.
Hoje com cerca de 1 mil alunos e cursos nas áreas de cordas, teclas, percussão, vocal, teoria e musicalização infantil, o instituto oferece 140 bolsas de estudo gratuitas, no Programa de Formação Musical que engloba musicalização, teoria, canto coral e instrumentos.
Atendemos uma pequena parte da enorme demanda sociocultural da população joinvilense, diante das poucas possibilidades de acesso à formação musical e atividades culturais para crianças e jovens de famílias de baixa renda.
Nosso projeto de bolsas – como muitas iniciativas neste campo, em todo o país – é viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal.
A proposta de levar qualquer pessoa para o universo musical, não somente para “aprender música”, mas para “fazer música” como meio de expressão, possibilitando que cada indivíduo tenha chances de “expandir-se vivamente, explorando, desenvolvendo sua musicalidade, e se comunicando através dela”, é defendia por Carl Orff, compositor alemão (1895-1982), criador de três grandes obras: Carmina Burana, Catulli Carmina e O Triunfo de Afrodite.
É a linha mestra de nosso trabalho, no programa de formação.
No primeiro ano, os alunos aprendem canto coral e musicalização.
Do segundo ano em diante, passam a fazer também aulas de instrumento – e, depois de concluir o nível elementar do instrumento escolhido, percorrem dois anos de teoria musical.
O processo global de formação dura de oito a dez anos, sempre acompanhado por oficinas multiartísticas, com professores convidados em diferentes áreas da música e das artes cênicas.
No curso de instrumento musical, uma demanda emergente diz respeito ao fato de que uma parte significativa dos alunos bolsistas não dispõe de material próprio para a prática em casa, necessária entre uma aula e outra.
Essas crianças e adolescentes, muitos deles talentosos, demonstram uma evolução aquém da esperada em comparação com outros que têm condições de adquirir seu próprio instrumento. Para suprir tal lacuna, montamos um novo projeto, batizado de “Instrumentalize”.
O projeto foi incluído em edital para destinação de recursos via emenda parlamentar do deputado estadual Matheus Cadorin – e depende do voto da população, no link, para ser validado.
Com os recursos, a intenção é financiar a compra de instrumentos diversos, que poderão ser emprestados aos alunos, ao longo do curso, para fortalecer as atividades práticas tão essenciais ao processo de ensino-aprendizagem.
Esperamos, assim, habilitar os participantes para participar de recitais e ter a vivência de se apresentar individualmente com o seu instrumento, trabalhando a autoestima, o empoderamento e o desenvolvimento de seus talentos.
Em síntese, queremos proporcionar a igualdade nas condições de aprendizado, incentivando a arte e a cultura, o crescimento pessoal, profissional e a realização de sonhos.
Assessoria de imprensa Instituto Arte Maior.
Jornalista responsável:
Guilherme Diefenthaeler
(reg. prof. 6207/RS).
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