ESTEVÃO JACINTHO – Uma trajetória entre a música e as artes cênicas

A música está no sangue. Filho de pais músicos, desde muito cedo Estevão Jacintho iniciou sua trajetória musical aos sete anos de idade. Aos 14 anos já compôs sua primeira música – “Há um grande amor”. Assim seguiu fazendo parte de várias bandas musicais do gênero gospel.
Sua juventude toda foi muito regada com a música, afinal, acompanhou uma era de ouro da MPB onde teve muita inspiração. A música foi se tornando uma paixão em sua vida e com isso pode estudar e se aperfeiçoar com a melodia, a harmonia e nas composições musicais.

Mais tarde, outra paixão em sua vida foi as artes cênicas (a dramaturgia). Aos 17 anos fez tablado para aprimorar sua performance artística. Foi então estudar para carreira de ator e se formou na Escola de Atores – Le Monde do Rio de Janeiro. Sua primeira participação em novelas foi no ano de 2010 na minissérie José do Egito, pela TV Record.

No ano de 2011 lançou seu primeiro livro digital – “Seis Contos que Conto”, pela Cultural Digital da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ainda no mesmo ano lançou também seu primeiro CD autoral – “Faz-me Cantar” – que está no seu canal do YouTube.

Atuando como ator, gravou Alma Quebrada – O Filme em 2012.

Em 2015 foi para Itália. O motivo dele ir para Europa foi a oportunidade de conhecer o velho mundo e levar a música brasileira para fora do Brasil, por meio do seu trabalho musical. Passados cinco anos na Itália resolveu voltar ao Brasil e continuar sua jornada artística.
No ano de 2020 foi onde um de seus poemas chamado CERNE foi publicado na Antologia Poética QUARENTENA – Memórias de um país confinado. Antologia poética é uma obra literária que reúne vários poetas e publicam suas poesias em um livro. Em geral é uma Editora que faz esta seleção reunindo vários poetas e os selecionam por meio um concurso de poesias.
Para saber um pouco mais sobre a trajetória deste ator e compositor, fiz uma entrevista exclusiva com ele que contou com mais detalhes todo seu caminho percorrido na arte, até aqui. Acompanhem e confiram também o poema CERNE de sua autoria.

De origem humilde, com pai pedreiro e mãe do lar, conviveu com a música desde o berço, como foi essa convivência?

Estevão – A convivência em família foi prazerosa, dentro daquele contexto, onde todos se divertiam enquanto fazíamos o que mais gastávamos, que era cantar e tocar. Minha casa vivia em festa o tempo todo!

Com sete anos de idade você iniciou sua trajetória musical, como como foi lidar com isso com tão pouca idade?

Estevão – Quando se tem o dom da música desde o berço, tudo fica mais fácil, pois esta no sangue.

Aos 14 anos você compôs sua primeira música, você imaginava que ia dar certo e seguir na música?

Estevão – Nunca imaginei que iria chegar até aqui. Tudo foi evoluindo naturalmente!

Como foi descobrir a aptidão pela TV e Teatro e estudar para ser ator?

Estevão – Com a arte pulsando no meu sangue não foi difícil descobrir. Na Igreja eu já interpretava alguns personagens bíblicos, nas peças natalinas.

Você lançou seu primeiro livro digital em 2011 e também lançou seu primeiro CD autoral, como foi trabalhar tudo isso?

Estevão – O Livro foi matéria de formação do Curso na UFRJ. Fazia parte do meu trabalho final. O CD foi fruto de uma longa jornada, para eternizar meu trabalho e contribuir com a cultura do nosso País. Um sonho realizado!

Como foi sua experiência na Itália?

Estevão – Como eu sempre digo, o prazer de conhecer uma cultura diferente, poder falar outra língua, construir amizades intercontinentais, não tem preço. Foi de uma satisfação impar, ver nos olhos dos Italianos a alegria de ouvir nossa música. Experiência que vou levar para o resto da minha vida.

De volta ao Brasil, já tendo participações em novelas, quais são os planos?

Estevão – Continuar seguindo neste mesmo caminho; Música e dramaturgia duas artes que sempre andarão juntas comigo!

Fale um pouco do seu poema CERNE?

Estevão – O poema CERNE traz a agonia do enclausuramento, o sofrimento da alma por conta do fantasma da morte que rondava na solidão sem poder sair na rua, no linear da quase loucura/ racionalidade…


Cerne

Há um silêncio misterioso na voz
Que meus ouvidos não alcançam.
É como uma sombra em dia nublado
Passando apressada pra se esconder.

Um frio intenso rompe pela Janela
Estremecendo minha carne Até a alma
Como uma manada rumo ao precipício
Fazendo pouco caso de suas vidas.

Mas o silêncio se perpetua na voz
Que clama e implora para livrar-se
Dos grilhões que aprisionam o olhar
Arrancando-lhe a liberdade e as asas.

Encantado, observo a sombra passar,
Passar mais uma vez, agora não
Para se esconder, mas para trazer paz
Àquela solitária e angustiada Alma.

#pretto

#estevaojacintho


Por: Viviane de Oliveira