Dia Mundial do Diabetes: conheça os tipos, prevenção e tratamentos
O dia 14 de novembro é conhecido como o Dia Mundial do Diabetes, uma iniciativa voltada para conscientizar a população sobre a prevalência, prevenção e controle da doença. Esta data foi criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em resposta ao aumento alarmante de incidência dessa condição de saúde em todo o mundo.
O diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. A busca de dados não apenas divulga informações sobre a importância da adoção de estilos de vida saudáveis para prevenir o diabetes, mas também oferece apoio e solidariedade àqueles que vivem com a condição. Confira tudo sobre a doença:
Alguns sinais são importantes para estar atento caso a pessoa possa desenvolver diabetes. Yago Fernandes, médico atuante em endocrinologia do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e especialista em emagrecimento e hipertrofia, diz que o primeiro passo é diferenciar diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. A diabetes tipo 1 apresenta mais sintomas, que são os ‘4Ps’: poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso. Já a diabetes tipo 2 não tem tantos sintomas, mas pode ocorrer aumento de peso, infecções de repetição, fadiga, cansaço e dificuldade de concluir tarefas.
Fatores de Risco:
- Estilo de vida;
- Consumo de álcool;
- Sal;
- Sedentarismo;
- Obesidade;
- Hipertensão
- História familiar.
Um estudo realizado pelo NIDDR (Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais) concluiu que a perda de peso, com exercício físico regular, alimentação com diminuição de gordura e carboidrato e estilo de vida saudável pode retardar ou até evitar o surgimento de diabetes Tipo 2 em pacientes com predisposição à doença. A perda de peso melhora a secreção de insulina e aumenta o efeito da insulina nas células. Reduzindo hemoglobina glicada e glicemia capilar. Afastando as complicações do diabetes.
O estresse e a falta de sono estão relacionados ao desenvolvimento do diabetes, de acordo com Yago, conforme vamos ficando estressados, o aumento de cortisol, aumenta o pico de insulina também, secretada pelo pâncreas e esse pico de insulina o tempo todo faz o pâncreas cansar e provavelmente entrando em uma falência ou as células, diminuindo a sensibilidade à insulina e não agirem mais por conta do excesso a exposição de insulina,trazendo o risco do diabetes. O sono também, pois se você não dorme, fica mais estressado, o dia já começa ruim, um ciclo sem fim que é a abdicação do sono, aumento de estresse, aumento do pico de insulina.
A relação com hormônios também pode ser um ponto para o acometimento do diabetes. “Ter uma baixa produção de testosterona (o hipogonadismo) aumenta as chances de desenvolver diabetes. O aumento de cortisol também por alguma alteração na supra renal (glândula produtora de cortisol), também pode aumentar as chances de diabetes. Mulheres menopausadas, tendem a ter maior chances de desenvolver diabetes, principalmente porque elas aumentam o peso, muda a qualidade de vida, ficam mais prostradas, mais indispostas, alterações de humor, dificultando a probabilidade de fazer exercícios, o que também pode levar ao diabetes”, completa o endocrinologista.
Alimentação
A relação com a alimentação é fundamental para prevenção, controle e tratamento do diabetes. Tatiane Schallitz, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e graduada pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), diz que os principais pontos de uma dieta saudável para os diabéticos são:
- Ter um consumo de carboidratos controlado e adequado às reais necessidades do organismo;
- Evitar o consumo excessivo e regular de carboidratos refinados, principalmente em bebidas muito açucaradas;
- Ter um ótimo consumo de fibras alimentares, que devem estar presentes regularmente e em quantidade satisfatória. Essas fibras estão principalmente nas verduras, nos legumes, nas frutas e nos grãos integrais;
- Consumir proteínas magras, essenciais na manutenção das funções metabólicas e na construção de músculos, que são essenciais no controle glicêmico;
- Controlar o consumo de gorduras, na quantidade e na qualidade.
Alimentos ricos em fibras são benéficos para consumo, como:
- Cereais integrais: aveia, arroz integral, massas integrais, pão integral;
- Legumes e vegetais: brócolis, couve, espinafre, abobrinha, cenoura, ervilha
- Frutas: com casca preserva mais as fibras
- Leguminosas: feijões, lentilha, grão de bico
- Sementes e oleaginosas: chia, linhaça, semente de abóbora, castanhas, nozes, amêndoas
As proteínas e as gorduras também desempenham um papel importante:
Proteínas:
- Saciedade: as proteínas têm a capacidade de proporcionar uma sensação de saciedade, o que pode ajudar a controlar o apetite e a ingestão total de alimentos.
- Manutenção muscular: as proteínas são essenciais para a manutenção e reparo dos tecidos musculares. Isso é particularmente importante em pessoas com diabetes, pois o exercício físico regular é uma parte importante do controle da glicose no sangue. É importante escolher fontes magras de proteína, como peito de frango, peixe, ovos, legumes e tofu, para evitar o consumo excessivo de gordura saturada.
Gorduras:
- Fonte de energia: as gorduras são uma fonte concentrada de energia. No entanto, é essencial escolher gorduras saudáveis, como as encontradas em abacates, nozes, sementes, azeite de oliva e peixes ricos em ácidos graxos ômega-3.
- Regulação da glicose: as gorduras saudáveis podem ajudar a regular os níveis de glicose no sangue, retardando a absorção de carboidratos.
De acordo com Tatiane, o consumo de adoçantes artificiais é geralmente considerado seguro para pessoas com diabetes quando usado com moderação. Adoçantes artificiais são substâncias projetadas para fornecer doçura sem o aumento significativo nos níveis de glicose no sangue, tornando-os uma opção atraente para pessoas que precisam controlar a ingestão de açúcar.
Por outro lado, existem os alimentos específicos que devem ser evitados ou consumidos com moderação por pessoas com diabetes. No entanto, é essencial lembrar que as necessidades dietéticas variam entre os indivíduos, e as recomendações específicas devem ser adaptadas com a orientação de profissionais de saúde, como nutricionistas ou médicos. Aqui estão alguns pontos gerais a serem considerados:
- Açúcares Adicionados: Evitar ou limitar alimentos e bebidas que contenham açúcares adicionados, como doces, bolos, refrigerantes e produtos processados que muitas vezes contêm açúcares ocultos.
- Alimentos Processados e Fast Food: podem conter grandes quantidades de gorduras saturadas, sódio e calorias vazias. Optar por refeições caseiras e escolher alimentos integrais pode ser mais benéfico.
- Grãos Refinados: Optar por grãos integrais em vez de grãos refinados. Alimentos integrais, como aveia, quinoa, arroz integral e pão integral, tendem a ter um menor impacto nos níveis de glicose no sangue.
- Alimentos com Alto Índice Glicêmico: Reduzir o consumo de alimentos com alto índice glicêmico, que podem levar a picos rápidos nos níveis de glicose. Exemplos incluem produtos de panificação refinados e cereais açucarados.
- Gorduras saturadas e trans: Carnes gordurosas, bacon, alimentos fritos;
- Alimentos ricos em sódio: Limitar alimentos ricos em sódio, pois eles podem aumentar o risco de pressão alta e problemas cardíacos – exemplos: Comidas enlatadas e processadas;
- Consumo excessivo de álcool: Pode afetar os níveis de glicose.
Além do controle, a alimentação também serve como mecanismo de prevenção, é o que argumenta Wantuilde Trindade, nutrólogo especialista em medicina da obesidade e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) – Campinas/SP.
Segundo ele, alguns alimentos específicos ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue, proporcionam a queima de gordura e reduzem as inflamações, além de muitos outros benefícios.
- Canela: estudos mostram que ela ajuda a diminuir o nível de açúcar no sangue em até 30%, isso acontece porque a canela tem boas quantidades de cromo, um mineral que eleva os efeitos da insulina.
- Aveia: em “corte aço” pode ser encontrada em estabelecimentos especializados em produtos naturais e orgânicos, tem uma alta quantidade de magnésio, que ajuda o organismo a utilizar bem a glicose, liberando insulina de forma adequada.
- Batata-Doce: pode ser considerada uma heroína da alimentação e é ainda melhor para diabetes, pois tem a capacidade de diminuir a hemoglobina glicosilada (HbA1c), acelerando os níveis de glicose no sangue.
- Couve-Galega: os vegetais folhosos são uma excelente fonte de vitamina C e de ácido lipóico, um poderoso micronutriente que ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue, e ainda fortalece os nervos danificados pela neuropatia diabética.
- Brócolis: contém um composto chamado sulforafano, que aciona diversos processos anti-inflamatórios e ainda melhora e controla os níveis de açúcar do sangue, também protegendo as veias sanguíneas que são muito acometidas e graus mais avançados de diabetes.
- Azeite de Oliva: além de ser uma excelente fonte de gordura saudável, é rico em nutrientes com funções antioxidantes, protegendo as células do organismo e evitando o desenvolvimento de doenças cardíacas. Uma dica: se possível, opte pela versão extra virgem, prensado a frio.
- Psyllium: é a casca retirada das sementes de uma planta do gênero Plantago, por se tratar de um um alimento riquíssimo em fibras que ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue, portanto é ideal para diabéticos. No entanto, há uma informação importante a respeito desse suplemento: caso esteja tomando algum medicamento, é recomendável consumir o psyllium no mínimo quatro horas antes, pois ele diminui a absorção dos medicamentos no organismo.
- Quinoa: ao contrário da maioria dos grãos, esse é uma incrível fonte de proteínas “completas”, ajuda a controlar os níveis de sangue no organismo, ajudando você a viver mais e melhor.
As indicações nutricionais para os diabetes tipo 1 e 2, devem conter alimentos de todos os grupos alimentares (carboidrato, proteína e lipídio) e devem atender as necessidades individuais. Nenhum alimento deve ser excluído da dieta, principalmente os carboidratos. É importante ressaltar que o indivíduo deve optar pelos carboidratos complexos, ou seja, os carboidratos integrais, que são ricos em fibras e nutrientes, melhorando assim a ação da insulina. A orientação nutricional deve ter como base a alimentação variada e equilibrada. Os objetivos são os de atender às necessidades nutricionais, atingir metas glicêmicas, obtenção e manutenção do peso saudável.
Wantuilde defende o consumo de frutas ao invés de sucos de frutas, pois diabéticos podem e devem consumir frutas, dependendo de suas escolhas. “Antigamente era comum nós evitarmos o consumo de frutas devido à frutose presente nelas que podem aumentar os níveis de glicemia. Mas quando escolhemos consumir a fruta in natura ao invés do suco dela, estamos consumindo também suas fibras, que ajudam no controle da glicemia. As fibras formam um gel no nosso organismo, o que torna a absorção do açúcar mais lenta”, argumenta.
Quando transformamos uma fruta em suco, separamos as suas fibras e seu açúcar, a frutose. O suco fica, portanto, mais concentrado em frutose, o que favorece o aumento muito mais acentuado da glicemia. diabéticos devem evitar: álcool, açúcar, doces, mel, melado, excesso de óleos e gorduras assim como frituras, alimentos embutidos e industrializados, sal e alimentos ricos em sódio.
Alguns ingredientes possuem efeito benéficos, tais como: chá verde (Camellia sinensis), cúrcuma, açafrão, alimentos como quiabo, berinjela, maracujá. Então, incluir estes ingredientes em receitas pode ser uma grande estratégia, contudo vale ressaltar que as quantidades e a frequência devem ser observadas, avaliadas e individualizadas.
Diabetes Gestacional
A diabetes gestacional é uma condição que acomete apenas as mulheres grávidas, com elevação dos níveis de açúcar no sangue neste período. Essa hiperglicemia que foi detectada na gestação, se tiver valores de jejum maior ou igual a 126mg/dL ou 2 horas após TOTG (75g) maior ou igual a 200mg/dL é possível que ela tenha diabetes mellitus não diagnosticada previamente.
Thais Fonseca, ginecologista e obstetra, endocrinologista e nutróloga, médica do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), diz que os fatores de risco para a doença na gestação, são a idade materna, sobrepeso e obesidade (IMC maior ou igual a 25), história de parente de primeiro grau com diabetes e história de DMG (diabetes gestacional) em outra gestação.
A Hiperglicemia (elevação do açúcar) pode na mãe ajudar ao aumento da pressão arterial e a chances de parto cirúrgico (cesarea). Para o bebê, pode levar maior peso ao nascer, hipoglicemia após o parto, em casos graves insuficiência respiratória e até a morte.
Os sintomas envolvem ganho de peso elevado durante o pré natal, feto com crescimento acima do normal para idade gestacional, fundo uterino maior que o esperado para a idade gestacional.
O tratamento envolve monitoramento rigoroso dos níveis de açúcar, dieta equilibrada, exercícios, intervalos menores entre as consultas de pré natal, e em alguns casos uso de insulina.
A hiperglicemia na gestação representa riscos para que a mãe e bebê tenham, no futuro, maior predisposição a desenvolver obesidade, síndrome metabólica e diabetes tipo 2.
A melhor estratégia de prevenção é a melhora do estilo de vida, com prática de atividade regular, elaboração de um plano alimentar por um profissional adequado, para cálculo da necessidade energética, e o seguimento adequado do pré natal, com exames de sangue, exame clínico e ultrassonografia.
Saúde mental dos diabéticos
Philipe Diniz, médico psiquiatra do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), mestre em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), professor de pós-graduação (Universidade Celso Lisboa), diz que há muitos estudos e pesquisas sobre a saúde mental de pessoas com diabetes. E não é difícil entender a razão: uma condição extremamente comum e limitante como a diabetes está no nosso dia a dia o tempo todo. Todos nós, mais cedo ou mais tarde, convivemos com pessoas com diabetes e assistimos as limitações, as consequências e os cuidados que a doença exige.
A diabetes é temida. No nosso imaginário, a ideia de ser diagnosticado como diabético, traz várias imagens, como: restrições alimentares, perda de liberdade, perda do prazer de comer, injeções de insulina, proibições, mudanças no estilo de vida, vigilância da família, remédios, agulhadas, amputações, entre outros. Ou seja, ter diabetes significa ter uma nova relação com seu próprio corpo. E como na nossa cultura, só agora começamos a acordar para o fato de que precisamos prestar mais atenção no que estamos comendo, ser diagnosticado como diabético ainda traz os estigmas da proibição, da restrição, da perda dos prazeres da vida, do isolamento.
Estudos revelam que o maior medo de ser diagnosticado com diabetes é a obrigação de mudar de estilo de vida e de ser diferente dos outros, não poder comer de tudo, de ser isolado. Daí o grande índice de ansiedade e depressão nessa população. Além disso, não podemos falar de diabetes sem falar do envelhecimento e do corpo gordo. Existem jovens diabéticos e magros diabéticos, mas em sua imensa maioria, a diabetes surge na esteira do envelhecimento e está intimamente relacionada ao excesso de peso. Sendo assim, conversar sobre a saúde mental de uma pessoa com diabetes é conversar sobre envelhecimento e sobre o excesso de peso.
“É começar a pensar nessa nova relação com o nosso corpo. Um corpo que começa a falhar numa das suas funções primordiais: o metabolismo da energia. O açúcar é a energia que nos mantém vivos. E agora? O que acontece na nossa mente quando nos damos conta de que essa fonte de energia vital tão saborosa pode nos matar? Isso traz angústia, isso traz medo, isso traz pânico, isso traz tristeza, isso pode deprimir”, comenta Philipe.
Os principais desafios emocionais enfrentados por indivíduos com diabetes se relacionam com a mudança no estilo de vida. Nosso cérebro é bom em se adaptar a novas situações, porém ele exige um preço: disciplina, constância e tempo. Uma vez diagnosticado com diabetes, o foco do tratamento é claro: não morrer. Parece óbvio, mas essa questão nunca é colocada na mesa dessa forma simples e seca. Porque na verdade, a gente não pensa de cara na morte. A diabetes na maioria das vezes não causa sofrimento algum de imediato. Ela é crônica, silenciosa, a gente não sente nada. Isso só vai começar a acontecer lá na frente, quando o corpo começa a ficar lesado. Então, como me motivar a mudar todo meu estilo de vida se não sinto perigo nenhum? Isso acaba sendo um dos grandes desafios de adesão ao tratamento.
Entretanto, à medida que as mudanças vão sendo necessárias, a qualidade de vida começa a ser uma das maiores preocupações das pessoas com diabetes, especialmente nas restrições alimentares. O policiamento da comida traz frustrações, medos, raivas e tristezas. É muito comum vermos também a sensação de perda da autonomia e conflitos com familiares, quando estes ficam o tempo todo controlando o que a pessoa come. Temos que lembrar que, quando alguém na família é diagnosticado com diabetes, todo o cardápio da família muda. E quando isso não acontece, a pessoa se sente isolada, não fazendo mais parte da mesa. Isso nos mostra que a estratégia fundamental para gerenciar os desafios emocionais da pessoa com diabetes, inclui o acolhimento dessa família também.
“É muito difícil mudar seu estilo de vida sozinho. Imagine a sensação de estar sentado na mesa do almoço de família, todo mundo tomando sorvete com cobertura de chocolate e você comendo uma cenoura? Como você se sentiria? Mas será que ninguém mais pode tomar sorvete na família? Claro, que pode, mas como administrar isso? Trabalhando com o paciente não sozinho, mas todo seu entorno de relações pessoais e principalmente familiares”, completa o psiquiatra.
Pacientes que sofrem de diabetes e transtornos alimentares concomitantes são um verdadeiro desafio para a medicina. Isso porque ambos os tratamentos precisam ser feitos de forma regular e de perto. O paciente precisa ter acesso fácil tanto ao clínico ou endocrinologista quanto ao psiquiatra. Além disso, médicos clínicos e psiquiatras precisam estar afinados entre si. Precisam se comunicar. Precisam trabalhar em sinergia. E o paciente precisa sentir esse apoio da equipe. Então sempre recomendo buscar profissionais que saibam trabalhar em equipe e que gostem de conversar entre si. Afinal o objetivo é se sentir seguro e bem cuidado.
Prática de exercícios
O exercício físico pode diminuir as concentrações de glicose sanguínea, melhorar a sensibilidade à insulina e até mesmo diminuir o uso de medicamentos utilizados para controle glicêmico, além de reduzir os fatores de risco cardiovasculares, contribuir para a perda de peso e aumentar o bem estar.
Matheus Vianna, personal trainer da equipe Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), criador do método Performance+, diz que os exercícios mais eficazes na prevenção do diabetes são os treinamentos de força e exercícios aeróbico, mas o foco do indivíduo nessa condição deve ser o treinamento de força, que pode ser realizado nas academias ou em casa. Realizar treinamento de força pelo menos 3x na semana e exercício físico aeróbico para controle de peso, afinal, a obesidade é um dos fatores de risco para a diabetes, mas é importante se atentar aos sinais de alerta, como sensação de mal estar, enjoo e desmaio.
O personal indica duas tabelas, uma de recomendação a depender do nível de glicemia pré-exercício, e uma para o controle dela durante a prática, confira:
A diabetes é conhecida como uma doença metabólica, ou seja, ela influencia no metabolismo da Glicose. O exercício físico, principalmente o treinamento de força é capaz de ativar um transportador da glicose chamado de GLUT4, cujo principal papel é proporcionar a captação de glicose insulino-mediada em tecidos adiposo e muscular, ou seja, quanto mais o indivíduo conseguir desenvolver músculo e perder gordura, mais será realizado a captação de glicose e consequentemente, o controle para os níveis normais de glicose. Por tanto, se o indivíduo quer viver mais, ter mais saúde, ter uma melhora no bem estar, a relação entre exercício físico e a sensibilidade à insulina é total dependente.
REFERÊNCIAS:
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FONTES:
Yago Fernandes, médico atuante em endocrinologia do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e especialista em emagrecimento e hipertrofia.
O médico Yago Fernandes, parte da equipe do Instituto Nutrindo Ideais, é graduado pela Universidade Iguaçu (UNIG) e atua na área de endocrinologia, especialista em hipertrofia e emagrecimento. O profissional tem uma vasta experiência em seu currículo. Trabalhou como clínico geral no Hospital Next Butantã, em São Paulo e no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro e hoje atende nas unidades da Nutrindo Ideais.
Tatiane Schallitz, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) e graduada pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
Além disso, é pós-graduada em Fitoterapia pela UNIFATEC. Antropometrista ISAK I e com experiência em Nutrição Esportiva, Comportamental e Vegetarianismo.
Wantuilde Trindade, nutrólogo especialista em medicina da obesidade e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) – Campinas/SP.
Médico especialização em nutrologia (ABRAN), especialista em Obesidade pela Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade. CRM: 184.113
Thaís Fonseca, médica do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), ginecologista e obstetra pela UFRJ, pós graduada em Nutrologia pela ABRAN, pós graduada em Endócrino e nutrição clínica, atualmente cursando pós graduação em performance mental e otimização da saúde.
Philipe Diniz, médico psiquiatra do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), mestre em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), professor de pós-graduação (Universidade Celso Lisboa).
Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), com residência em psiquiatria e mestrado em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Matheus Vianna, personal trainer da equipe Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), criador do método Performance+.
Com o objetivo de cuidar não apenas da capacidade física, mas também da saúde mental, o método promete resultado em até 12 semanas e visa ajudar os alunos que desejam chegar até a alta performance do corpo sem se machucar. Matheus é graduado em Educação Física pela Universidade Estácio de Sá, pós graduado em Ciência da Performance Humana pela UFRJ, Mestre em Ciências pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (DDI/EPM/UNIFESP). O professor acumula experiência nas áreas de reabilitação de lesão e performance.