Alergias: prevenção e diversos tipos de tratamentos ajudam a aliviar os sintomas
O Dia Mundial da Alergia, 8 de julho, foi criado pela Organização Mundial da Saúde para chamar a atenção sobre os diversos tipos de alergia e também as formas de prevenção e tratamentos.
O médico Marcus Teodoro, pneumologista do corpo clínico do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC), explica melhor o que são e como tratá-las.
O QUE É ALERGIA
As alergias são reações desproporcionais do sistema imune a agentes desencadeantes específicos, sejam químicos ou físicos.
Elas podem se manifestar de maneiras distintas em diferentes sistemas orgânicos e no curso da vida, na maior parte das vezes desencadeadas pela associação de fatores genéticos e ambientais.
FATORES QUE PODEM DESENCADEAR
Predisposição genética com caráter hereditário, após fatores desencadeantes como infecções virais, exposição repetitiva a irritantes químicos e a antígenos orgânicos por via alimentar, por contato com a pele ou inalação, pode gerar um processo de resposta exagerada do sistema imunológico que provocam respostas desproporcionais de inflamação, geralmente caracterizadas por inchaço, vermelhidão e coceira da pele e mucosas, podendo gerar, no pior dos casos, inchaço da garganta e até morte por asfixia.
TIPOS
As alergias respiratórias tendem a se manifestar na via aérea superior, caso da rinite alérgica, por exemplo, que tem sintomas como coceira no nariz, coriza hialina, obstrução nasal, espirros em salvas, vermelhidão e coceira ocular, além de tosse seca persistente.
No pulmão, sintomas de falta de ar, tosse com ou sem secreção, chiado no peito são sintomas típicos da asma, acometendo aproximadamente 25% da população brasileira e sendo causa de 250 mil mortes ao ano no mundo.
O QUE FAZER
Evitar o desenvolvimento de alergias pode ser difícil. Mas deve começar na introdução alimentar nos períodos adequados, evitando-se exposição precoce, conforme orientação do pediatra, e priorizando o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade.
Na parte respiratória, o uso de capa antialérgica em colchão e travesseiro são a maneira efetiva de evitar a exposição aos ácaros.
Cuidados como manutenção preventiva do ar-condicionado, eliminação de focos de poeira como tapetes e cortinas, além de poeira oculta sobre os armários e sob as camas e evitar o fumo também ajudam.
COMO TRATAR
O tratamento das alergias alimentares e de contato consistem em identificar e afastar os fatores desencadeantes, mas é importante evitar generalizações.
As terapias de dessensibilização podem ser consideradas em algumas alergias como rinites, dermatites e alergias medicamentosas onde alguma medicação seja indispensável ao tratamento de patologia coincidente.
O uso de medicações como corticosteróides, anti-histamínicos, anti-leucotrienos ou adrenalina pode ser necessário.
Hoje contamos também com medicações imunobiológicas injetáveis que bloqueiam de maneira potente as vias inflamatórias e podem ser utilizados em casos mais graves ou refratários.
ASMA
Na asma, o uso de inalatórios é, muitas vezes, fundamental para o bom controle da doença, devendo ser ajustada por consulta com médico e espirometria a cada 6-12 meses.
É importante evitar mitos a respeito das bombinhas como o de que causam vício, que não tratam a doença, mas apenas os sintomas, de que pode causar arritmia ou problemas do coração… Múltiplos estudos já comprovaram a eficácia e segurança destas medicações, inclusive em pacientes com problemas cardíacos.
Tremor fino inicial e sensação de palpitação são sintomas que podem aparecer com o uso dessas medicações, porém costumam ser leves, transitórios e melhorar com redução da dose e com o tempo de uso, não sendo na maior parte das vezes, limitantes da sua utilização.
VÁ AO MÉDICO
Em caso de quaisquer destes sintomas é importante conversar com o médico para, juntos, estabelecerem o melhor plano diagnóstico e terapêutico.
Hoje em dia, não se admite mais a persistência dos sintomas já que existe extenso arsenal diagnóstico e terapêutico para prevenção e tratamento das alergias.
Assessoria de imprensa Hospital Dona Helena.
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Guilherme Diefenthaeler
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