Hoje quem entrou na Vibe com Giu Cota, foi a dra. Mônica Renesto Você sabe o que é a ginecomastia? Ginecomastia é um aumento anormal das mamas em homens devido ao crescimento da glândula mamária, podendo ser causada por fatores hormonais, uso de medicamentos, doenças ou mesmo pelo envelhecimento. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, conversei com a Dra. Mônica Renesto (CRM 109059), especialista no tema.

Giu: Quais são as principais causas e fatores de risco para o desenvolvimento da ginecomastia, e como os homens podem identificar precocemente esse problema?

Dra. Mônica: A ginecomastia é geralmente causada por um desequilíbrio hormonal entre estrogênio e testosterona. Esse desequilíbrio pode ocorrer naturalmente em diferentes fases da vida, como infância, adolescência e envelhecimento. Outros fatores incluem o uso de medicamentos (esteroides anabolizantes, antidepressivos e alguns anti-hipertensivos), doenças hepáticas, renais e endócrinas, consumo excessivo de álcool e drogas recreativas (como maconha), além do sobrepeso, que pode aumentar a conversão de testosterona em estrogênio pelo tecido adiposo. Para identificar precocemente a ginecomastia, os homens devem observar o aumento do volume mamário, que pode ser acompanhado por dor, sensibilidade ou assimetria. Ao notar essas alterações, é recomendável procurar um especialista para avaliação e definição da melhor abordagem.

Giu: Como a ginecomastia pode impactar a saúde mental dos pacientes, e qual a importância do acompanhamento psicológico nesses casos?

Dra. Mônica: A ginecomastia pode afetar profundamente a autoestima, levando a insegurança, isolamento social e até depressão. Muitos homens evitam situações como ir à praia ou usar roupas mais justas por vergonha do próprio corpo. Além do tratamento físico, o suporte psicológico é essencial. O acompanhamento com um profissional de saúde mental ajuda o paciente a lidar com sua autoimagem e pode prevenir o desenvolvimento de transtornos emocionais mais graves.

Giu: Quais são os tratamentos disponíveis para a ginecomastia, e em quais casos a cirurgia é considerada a melhor opção?

Dra. Mônica: O tratamento da ginecomastia depende da causa subjacente. Em alguns casos, especialmente quando relacionada ao uso de medicamentos ou desequilíbrios hormonais transitórios, a condição pode regredir espontaneamente após a remoção do fator desencadeante. O tratamento clínico, com medicamentos prescritos por um endocrinologista, é indicado quando a ginecomastia é recente e possui uma causa hormonal específica. A cirurgia é considerada quando a condição persiste por mais de um ano, causa desconforto significativo ou não responde aos tratamentos clínicos. O procedimento cirúrgico pode envolver a remoção da glândula mamária (mastectomia subcutânea) e, em alguns casos, lipoaspiração para melhorar o contorno peitoral.

Giu: Como é o processo de recuperação após a cirurgia de ginecomastia?

Dra. Mônica: A recuperação é relativamente rápida. O paciente deve usar uma malha compressiva por algumas semanas para evitar edemas e fibroses. O retorno às atividades físicas leves geralmente ocorre em cerca de 2 a 3 semanas, enquanto exercícios mais intensos podem ser retomados após 6 semanas.

Giu: Uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos podem ajudar na redução da ginecomastia?

Dra. Mônica: Uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios podem ser benéficas, especialmente nos casos de lipomastia, que é o acúmulo de gordura no tórax sem o aumento da glândula mamária. No entanto, se a ginecomastia for causada pelo aumento do tecido glandular, a perda de peso pode não ser suficiente para eliminá-la completamente. Em alguns casos, a redução de gordura pode até tornar a ginecomastia mais evidente, pois o tecido glandular se destaca mais. Nesses casos, a cirurgia pode ser a solução mais eficaz.

Giu: Quais são os mitos e verdades mais comuns sobre a ginecomastia?

Dra. Mônica:

• Mito: “A ginecomastia só ocorre em homens acima do peso.”
  • Verdade: Homens magros também podem desenvolver ginecomastia devido a fatores hormonais ou uso de certas substâncias.
• Mito: “Todo caso de ginecomastia requer cirurgia.”
  • Verdade: Casos leves ou transitórios podem regredir espontaneamente ou com tratamento clínico.
• Mito: “Ginecomastia e lipomastia são a mesma coisa.”
  • Verdade: A lipomastia é o acúmulo de gordura no peitoral e pode ser reduzida com dieta e exercícios, enquanto a ginecomastia envolve o crescimento do tecido glandular mamário.
• Verdade: “Anabolizantes podem causar ginecomastia.”
  • Explicação: O uso de esteroides anabolizantes pode aumentar a conversão de testosterona em estrogênio, levando ao crescimento das mamas.
• Verdade: “Ginecomastia pode ocorrer em adolescentes e idosos.”
  • Explicação: Adolescentes podem desenvolver ginecomastia temporária devido a flutuações hormonais, e idosos podem apresentá-la devido à diminuição natural dos níveis de testosterona.

Considerações Finais

A ginecomastia é uma condição comum que pode afetar homens em diferentes fases da vida. No Brasil, a cirurgia de correção da ginecomastia tem se tornado cada vez mais comum. Em 2022, foram realizadas aproximadamente 34.600 cirurgias desse tipo no país, refletindo a crescente busca por soluções para essa condição.

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Contato Assessoria Giu Cota:
Roberto Rodrigues

Giu Cota
Colunista Vi Magazine
“Na Vibe com Giu Cota”