O sonho de investir em educação contemporânea se tornou realidade.
Elza Giostri, diretora geral da Coree International School, conta como é
estar à frente de uma instituição inovadora em Joinville.
Uma história de sonhos que se tornam possíveis e de desafios que são vencidos. Elza Giostri, Doutora em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina e Instituto de Educação da Universidade de Londres, Pedagoga e Mestre em Educação, com diversas especializações, incluindo cursos pela Harvard School of Education, carrega no currículo 33 anos de experiência em docência e gestão da educação. É a mulher que, desde 2009, está à frente da Coree International School, a Escola Internacional de Joinville.
Seu comprometimento e paixão pela educação – que considera seu maior legado – a incentivou a lutar, em Joinville, por uma educação inovadora e repleta de desafios.
No mês que se comemora o Dia da Escola (15) fizemos um bate-papo com Elza sobre o processo de ser líder de uma instituição de referência nacional em educação internacional.
Você está desde o início na direção da Coree. Muitos falam que no começo você vendeu um sonho. Que sonho é esse?
Elza: Eu queria mostrar para as pessoas de Joinville que aqui, também, era possível oferecer uma educação de excelência, contemporânea e de primeiro mundo. Na época, eu acreditava muito, era tão palpável, porque eu já tinha visto isso em outros lugares. Eu sabia que era possível implementar na cidade uma escola diferenciada, principalmente porque havia o principal, profissionais competentes. Talvez, as pessoas que me ouviam achavam que era sonho. Mas hoje é uma realidade. A escola, hoje, é uma referência que transformou o conceito e o patamar de educação em Joinville, tanto em instalações quanto em metodologias inovadoras de ensino e oferta de certificações internacionais.
De lá para cá, o que mudou?
Elza: Como somos uma instituição que pesquisa muito e aposta na inovação, a cada ano implementamos novidades em nosso currículo e em nossa proposta. Viajamos muito, pesquisamos bastante e por isso, renovamos nossas certificações e investimos na capacitação dos professores. A educação está em constante evolução e precisamos acompanhar e nos adaptar às mudanças.
Onde a escola busca referências para inovar e ser pioneira em educação?
Elza: Buscamos referências no mundo inteiro, nos principais centros de pesquisa em educação. Temos parceiros na Universidade de Londres, Harvard, o próprio International Baccalaureate é uma referência para nós, com profissionais de altíssima competência que nos conectam com diversos parceiros. Além disso, buscamos inspiração nos melhores educadores e pensadores, tanto nos clássicos como nos contemporâneos.
Como é o investimento nos profissionais da escola? São capacitados de que forma? E qual a importância desse movimento para instituição?
Elza: Nós investimos muito na capacitação continuada dos nossos professores. Acreditamos no time de excelência que temos aqui, tanto que a maior parte dos profissionais está na escola desde o princípio. Para manter todos em constante atualização, oportunizamos formações internas contínuas além das oferecidas pela Harvard School of Education, pelo International Baccalaureate e por consultores estrangeiros. Posso dizer que o maior investimento da escola é nos professores, e isso faz toda a diferença.
A Coree International School é referência em formar cidadãos. Na sua opinião, qual o papel da escola na vida dos alunos?
Elza: Acredito que o papel da escola é possibilitar que o estudante descubra seus talentos e possa potencializá-los. É colaborar com o aluno, por meio dos métodos de ensino, para que ele descubra o seu propósito de vida e a sua missão no mundo. Nossa proposta é que ele seja um sujeito de mente aberta para as possibilidades, que se arrisque no mundo pelo seu desejo e colabore de forma positiva com a humanidade.
De que forma os pais fazem parte desse ecossistema escolar? Qual o papel deles perante a escola?
Elza: Na minha visão, o papel dos pais é encontrar uma escola que proporcione o que comentei acima, que vai muito além de ensinar uma tabuada ou aprender a escrever. O papel da família é de participar com a escola nesse processo educativo, afinal, é um trabalho que se faz em conjunto para a formação do cidadão.
Para 2022, ainda em pandemia, se fala em educar para a incerteza. O que é isso?
Elza: Educar para a incerteza não é algo novo. Nunca sabemos o dia de amanhã. A pandemia trouxe à tona essa temática, pois muitas escolas não estavam preparadas para lidar com o novo. Precisamos aprender a lidar com o que está fora do nosso controle, com os imprevistos que podem acontecer e para os quais não estamos preparados. É extremamente importante educar para o futuro, para o dia que a gente não conhece, não sabe como vai ser. Isso é educar para a incerteza.
Qual sua expectativa para 2022?
Elza: Será um ano bom porque vai ser diferente. Talvez estejamos mais preparados para lidar com situações desafiadoras, muito mais que antes. Podemos estar mais conectados com o mundo e, a partir disso, fazermos uma educação diferenciada.
Você acredita que a educação transforma o mundo?
Elza: Cada vez eu acredito mais! Tenho a crença de que educação transforma cada um. E cada um transforma o outro e assim, vamos transformando o mundo.
Fonte: Thaisa Rodrigues