Empreendedorismo

O avanço do empreendedorismo feminino

Hoje quero falar sobre o empreendedorismo feminino, um movimento que reúne negócios idealizados e comandados por mulheres em busca de crescimento.

As empresas comandadas por mulheres estão crescendo em todo o mundo, contribuindo para a renda familiar e para o crescimento da economia. No entanto, as mulheres enfrentam algumas restrições como o tempo, família, entre outras, que exige muito mais esforço para expandir seus negócios.

Mulheres empreendedoras contribuem significativamente para o crescimento econômico e a redução da pobreza em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, as empresas pertencentes a mulheres já são em torno de 38% segundo o Estadão (2019), são diretamente responsáveis ​​por milhões de empregos. Nos países em desenvolvimento, o empreendedorismo feminino também está aumentando - há cerca de 8 a 10 milhões de pequenas e médias empresas (PMEs) formais com pelo menos uma proprietária.

Embora as mulheres estejam fazendo grandes avanços, muitas vezes necessitam da combinação de educação, habilidades e experiência de trabalho necessária para apoiar o desenvolvimento de negócios altamente produtivos.

"Alguns fracassos são inevitáveis. É impossível viver sem fracassar em alguma coisa, a não ser que você viva tomando tanto cuidado com tudo que você simplesmente não viva.”

Da J. K. Rowling, escritora britânica conhecida pela série de livros "Harry Potter", que vendeu mais de 500 milhões de cópias.

Os empreendedores masculinos, por exemplo, têm mais chances do que as empreendedoras de ter trabalhado CLT antes de iniciar um negócio, por mais que nos dias de hoje, esta situação tem mudado muito, as mulheres têm tomado conta significativamente de funções que a pouco tempo atrás somente homens ocupavam.

Personalidades como Camila Farani e Luiza Helena Trajano colocam o Brasil em destaque mundial de empreendedoras de sucesso, inspirando mais mulheres a assumir posições de destaque no mundo dos negócios.

Isso porque o perfil empreendedor não se restringe às pessoas que abrem seu próprio negócio, mas, sim, àquelas que têm uma postura focada com determinação, coragem e inovação.

“Ser empreendedor significa ser um realizador, que produz novas ideias através da congruência entre criatividade e imaginação. ” (sebrae)

Mas o empreendedorismo feminino vai além, representando uma quebra de paradigmas quanto à capacidade de liderança da mulher.

É por esse motivo que o empreendedorismo feminino vem ganhando força de vários órgãos de todo o planeta

O empreendedorismo feminino colabora para a construção de uma sociedade mais justa, gerando oportunidades de liderança para as mulheres.

Assumir o próprio negócio é uma forma de empoderamento e ascensão para cargos de liderança, com o potencial de mudar a realidade das empreendedoras.

Outro ponto que mostra a relevância do empreendedorismo feminino aparece em um levantamento do Sebrae, que revela que as brasileiras empreendem, principalmente, devido à necessidade de ter outra fonte de renda ou para adquirir a independência financeira.

Ou seja, os ganhos com o próprio negócio ajudam as mulheres a sustentar suas famílias, diminuindo ou acabando com sua dependência financeira quanto aos companheiros, por exemplo.

Estimular o empreendedorismo feminino é necessário porque a presença das mulheres em cargos de liderança resulta em melhorias na sociedade, economia e nas empresas.

Principais dados do empreendedorismo no Brasil

Em 2019, estudo realizado pela consultoria McKinsey, em parceria com o evento Brazil at Silicon Valley, classificou o Brasil como um país de empreendedores ao notar que 39% da população economicamente ativa (PEA) possui sua própria empresa. Segundo um relatório produzido pela MindMiners, 59% dos empreendedores brasileiros são homens, e 41% são mulheres.

Quanto à faixa etária, eles se dividem assim:

32% entre 18 e 24 anos

30% de 25 a 30 anos

27% têm entre 31 e 40 anos

11% têm 41 anos ou mais.

A maior parte (42%) dos negócios atua no online e offline, enquanto outros 38% só têm presença física e 20%, somente online.

A principal motivação citada para abrir a própria empresa foi ter mais liberdade e/ou autonomia (57%), seguida pela percepção de uma oportunidade (53%).

Uma parcela expressiva (35%) também empreende para deixar de ser empregado, por frustração com o mercado de trabalho (19%) e por necessidade (18%).

Análises do Sebrae revelam que o país conta com 9,3 milhões de mulheres à frente de uma empresa, sendo que 45% delas são chefes de família, ou seja, têm a principal renda em seus lares.

Em comparação com os homens que empreendem, elas possuem escolaridade 16% superior, porém, seus negócios faturam 22% menos.

Para se ter uma ideia, em 2018, os empreendedores registraram rendimento mensal médio de R$ 2.344, ao passo que as empreendedoras faturaram, em média, R$ 1.831 por mês.

As mulheres representam 48% dos microempreendedores individuais (MEI) no país, se destacando em setores como beleza, moda e alimentação.

Com tantos negócios de impacto idealizados por mulheres, fica difícil eleger os mais promissores.

Mas vale citar algumas lideranças que têm colocado o Brasil em evidência no universo do empreendedorismo, como Luiza Helena Trajano e Camila Farani.

À frente do Magazine Luiza, a empresária Luiza Helena Trajano começou como balconista na companhia, que pertencia a seus tios desde a década de 1950.

Sonhando em comprar presentes de Natal para a família, Luiza, então com 12 anos, decidiu trabalhar na loja dos tios e conseguiu realizar esse primeiro desejo.

A menina continuou se esforçando, fez faculdade de Administração de Empresas e, em 1991, iniciou a empreitada como gestora, sempre apostando em inovações.

Uma de suas ideias foi inserir computadores nas lojas para que os clientes pudessem encomendar produtos indisponíveis nas prateleiras, ainda em 1992, quando as máquinas eram raridade.

Camila Farani é outra empresária de sucesso que deu os primeiros passos na companhia da família – uma pequena tabacaria.

Aos 21 anos, Camila sugeriu que a mãe incluísse, no cardápio, coquetéis feitos com café, além da versão mais simples da bebida.

O resultado foi um aumento expressivo nas vendas e a formação de uma sociedade com a mãe, sua primeira oportunidade de empreender.

Mais tarde, Camila fundou a G2 Capital, focada em investimentos para empresas de tecnologia, ajudando vários empreendedores a potencializar seu negócio.

Enquanto os empreendedores em geral apontam a liberdade como principal motivo para abrir seu negócio, as mulheres brasileiras acabam tomando essa decisão por necessidade, para complementar a renda ou alcançar a independência financeira.

Isso porque, muitas vezes, elas precisam assumir o sustento da família.

Como mencionado acima, as empreendedoras ainda recebem menos que os homens e, segundo o Sebrae, têm menor acesso a linhas de crédito para estruturar e expandir seu negócio.

Outros desafios estão relacionados à maternidade, que exige maior flexibilidade no trabalho.

Dados da Rede Mulher Empreendedora (RME) revelam que 53% das empreendedoras brasileiras são mães, sendo que a maioria busca por horários flexíveis que permitam conciliar as tarefas domésticas e a vida profissional, exigindo muito esforço e dedicação.

Muitas empreendedoras também tomam esse caminho devido ao pouco espaço em cargos de chefia no mercado tradicional.

Apesar dos desafios, muitas mulheres estão tomando a frente e fazendo a diferença, através da criação de negócios de impacto social e econômico.

Por esse motivo, as mulheres devem ser apoiadas, pela sua capacidade em empreender!

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Um forte abraço e sucesso!

Por: João Ricardo Zimmermann

YouTube: Liderança Sem Enrolação

Instagram: @joaoricardozimmermann

Famoso consultor de moda, Reginaldo Fonseca, revela os segredos do seu sucesso e as novas tendências pós pandemia

Famoso consultor de moda, Reginaldo Fonseca, revela os segredos do seu sucesso e as novas tendências pós pandemia

   Reginaldo Fonseca é Consultor de moda, escritor, fundador e idealizador da Cia Paulista de Moda, é reconhecido como um dos mais renomados profissionais em consultoria, mentoria e direção executiva/artística de eventos e ações de moda em todo o Brasil, possuí mais de três décadas de experiência e expertise no mercado fashion mundial. Sintonizado com as novas tecnologias e demandas de desenvolvimento no segmento, já atendeu centenas de clientes espalhados pelo Brasil, Paris, Londres, Portugal, Dubai, Angola, Itália, Peru, entre outros.

   Em meio a um contexto de recomeço, as pessoas possuem curiosidades sobre quais as novas tendências da moda pós pandemia. Foi pensando nisso que eu entrevistei, com exclusividade, o bem-sucedido empresário e consultor de modas, Reginaldo Fonseca.

Quais são as novas tendências, inovações e tecnologias no mundo pós-pandemia?

  R: No momento, todos nós precisamos de alegria, e a coleção Verão 2021-2022 vai traduzir claramente isto, através de cores super coloridas, com muitas ombreiras, cinturas marcadas, alfaiataria, brilhos com aquela coisa do alto glamour, e da “Era Disco’, que já marcou as passarelas em diversas temporadas.

- As pessoas querem liberdade e a moda se associa a essa ideia, para que os indivíduos saiam às ruas e sejam vistos da melhor forma. Tudo indica que será um processo interno de revitalização, após quase dois anos de pandemia, um período que foi marcado por restrições, de ficar recluso em casa e não ter vida social.

- Já as inovações se darão em relação aos tecidos, tendo em vista que o planeta está cada vez mais quente, o que leva os designers de moda a adotarem tecidos cada vez mais finos. Sem falar que há tecidos para todos os gostos, desde roupas mais esvoaçantes, soltas, fluidas, até roupas mais justas.

No dia 25/10, você ministrou um workshop a convite do “Modaconnect”. Quais foram os principais tópicos e qual o diferencial deste evento?

 R: Foi maravilhoso ter estado novamente em Brasília, cidade que amo. A Ana Beatriz e a Josi, do Modaconnect, me convidaram para ministrar o workshop, marcando o encerramento de projetos do ano de 2021.

- Na oportunidade, procurei levar às pessoas o que está acontecendo no mundo de hoje, não só no pós-pandemia. Tentei projetá-las a uma viagem no tempo, a fim de que elas compreendessem o que aconteceu nos últimos 10 anos e o que poderá acontecer na próxima década. As mudanças envolvem tudo e nos levam a um novo comportamento. A moda está sempre baseada na mudança de comportamento das pessoas, para poder vender e atender o consumidor, que é super exigente.

- O maior diferencial deste workshop é cuidar das pessoas que fazem uma moda artesanal. Particularmente, sou apaixonado pela artesania, o chamado “feito a mão”, já que estamos tão cansados de tudo o que é muito industrializado. Vejo que muitos países estão levantando suas bandeiras do “Use o Nacional”. Sem contar que temos um artesanato primoroso no Brasil, que é um dos nossos diferenciais.

Atualmente fala-se bastante sobre Moda Inclusiva. A seu ver, qual a importância desse projeto e no que ele beneficia as pessoas?

   R: É algo fantástico. Até porque a indústria da moda pensa em tudo e em todos: no corpo, na cor, no bolso, no clima, no sexo e no estilo de vida. Enfim, tudo é muito bem pensado para que o produto chegue até a arara, à loja e, claro, ao nosso guarda-roupa.

- Um evento como o do Modaconnect é fundamental para beneficiar as pessoas. Existem grandes talentos que, muitas vezes, ficam no anonimato por não terem a oportunidade de mostrar os seus trabalhos para um maior número de pessoas.

- Na minha visão, o mais importante é qualificar as pessoas em relação ao universo da moda e ao que elas podem fazer de melhor. Logo, as palavras Moda e Inclusão devem andar de mãos dadas, e o Modaconnect sai na frente por pensar nisso, beneficiando essas pessoas em vários aspectos.

O que é, qual a finalidade e como surgiu a Moda Inclusiva?

 R: A moda inclusiva é fundamental e já aparece nas passarelas e nos grandes lançamentos. Reafirmo: a moda é para todos e a indústria da moda traz inovações e tendências para todos, sem exceção.

Quais foram os seus maiores desafios, como diretor, para administrar a Cia Paulista de Moda em meio à pandemia?

 R: Tive muitos desafios, pois começamos o ano de 2020 com aproximadamente 50 eventos fechados pelo Brasil e em alguns lugares do mundo, e praticamente todos foram cancelados em uma semana. Foi um choque, já que tenho uma equipe de 60 pessoas que dependem disso. Contudo, começamos a trabalhar em outros projetos, tais como consultoria e mentoria, trazendo ações para o universo online, com a finalidade de ajudar as marcas e os nossos clientes a navegarem no mundo digital, que se fortaleceu ainda mais na pandemia.

- Em outubro de 2020, fizemos o Arab Fashion Week, em Dubai, com cinco marcas brasileiras da alta-costura, como: Vitor Zerbinato, Sandro Barros, Emannuelle Junqueira, Maison Alexandrine e as joias de Andrea Conti, o que nos deu um trabalho muito grande ao longo de cinco meses.

- Em 2021, finalizamos projetos para Guiné-Bissau e Portugal. Além disso, em setembro, levamos as criações de Vitor Zerbinato para o Milan Fashion Week, que é uma das quatro mais importantes semanas de moda do mundo.

- Enfim, a pandemia foi um momento muito desafiador para nós da Cia Paulista de Moda, pois tivemos que fazer coisas novas e levar as pessoas a verem o mundo digital como uma porta muito relevante para a divulgação e venda de seus produtos.

Qual a sua avaliação do legado de estilistas como Dener Pamplona de Abreu, Clodovil Hernandes, Marco Rica e Ocimar Versolato?

 R: A cada década, sempre teremos novos talentos entrando no universo da moda e, obviamente, partindo, como no caso desses consagrados nomes.

- Na minha concepção, Dener, Clodovil, Marco Rica e Ocimar Versolato têm um papel importantíssimo para a moda brasileira, pois eles deixaram um legado para a moda atual, que é a feita sob medida, como a alta-costura, que veste mulheres que gostam de festas. Assim como muitos outros designers internacionais, eles sempre serão lembrados no universo fashion.

- O saudoso Ocimar Versolato, por exemplo, esteve à frente de uma grande maison internacional por anos, depois veio ao Brasil e abriu várias lojas com uma moda incrível! Ressalto que sou apaixonado pela moda brasileira e por estes grandes nomes que ajudaram a enaltecê-la.

Na sua opinião, quais são os principais nomes da moda na atualidade?

  R: Não costumo citar nomes, porque muitos deles são meus clientes e estão envolvidos em alguma de minhas consultorias/mentorias. Mas, dentre tantos talentos do Brasil, vou mencionar o designer de moda Vitor Zerbinato, meu amigo de décadas, com quem já fiz duas ações internacionais e a terceira acontecerá em 2022.

- Sua extinta grife chamada Madame X deu lugar à marca que agora leva seu nome. Vitor sempre teve um diferencial, pois faz um trabalho primoroso, juntando arquitetura e moda. Suas roupas caem perfeitamente no corpo feminino, seja nas peças de alta-costura, no “Prêt-à-Porter”, no casual ou no comercial. Tudo que ele faz é muito bem-feito. Sem contar que Vitor é de uma humildade gigantesca, com uma vontade ímpar de crescer e de aprender.

Na sua avaliação, a que se deve o seu sucesso na área de moda?

   R: Sucesso é algo que vem do trabalho, e eu trabalho com moda há 33 anos. Portanto, já vi, vivi, senti e fiz muitas coisas para a moda brasileira. Na realidade, o meu trabalho se baseia em duas pontas: a indústria e o consumidor final, e esse último está cada vez mais exigente na hora de comprar, pois muitos já aderiram ao consumo consciente.

- Meu trabalho é árduo, pois estou o tempo todo voltado para a pesquisa, envolvido com marcas iniciantes e famosas, nacionais e internacionais, e com as pessoas que gostam de fazer, comprar e vestir moda. Hoje, meu papel é o de levar um conteúdo verdadeiro, com muita informação e sabedoria, para que as pessoas comprem cada vez mais de forma consciente, e que a indústria da moda possa fazer uma moda mais eficiente a cada dia.

Saiba mais sobre Reginaldo Fonseca acessando as suas páginas no Instagram. Clique aqui.  Cia Paulista de Moda.

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João Costa. Acesse aqui.